23/11/2012
Como é
incrível a sensação de realizar um sonho, não é mesmo? Nesta quinta-feira, dia
22, defendi meu Trabalho de Conclusão de Curso e fiquei mais próximo de me
formar em Jornalismo pela Fema, aqui em Assis. Sonho realizado, objetivo
alcançado.
Quatro
anos. Não faltaram conhecimento, histórias, amizades, risos, estresse, cerveja,
ótimos professores, trabalhos, cansaço, notas altas, notas baixas, textos
tecnicamente quase perfeitos.
Quantas discussões,
quantos debates ocorreram de 2009 para cá. Como aprendi, bebi e amadureci
nesses anos. E o curso acabou. Valeu? Opa.
No primeiro
ano havia aquele fascínio pela faculdade, a felicidade por estar me
preparando para trabalhar na profissão que amo. E também a nota mais baixa do
curso: 5 em Sociologia.
Em 2009
comecei um projeto que se estenderia por quatro anos e se tornaria um orgulho
para mim. Durante todo o tempo do curso, apresentei o programa Circuito
Esportivo na Rádio Fema FM, emissora da faculdade. No primeiro ano do Circuito
Esportivo, tive a companhia de Felipe Modesto na apresentação do programa,
dedicado à cobertura das equipes esportivas de Assis.
O segundo
ano chegou. O fascínio passou, mas a parte da felicidade continuou. Discussões
em roda, aulas nos laboratórios de rádio e de fotografia, um documentário de
rádio bacana sobre o Estádio Marcelino de Souza, em Assis, e exame em uma
disciplina. O único do curso. Ainda em 2010, substituição do meu colega de
apresentação no Circuito Esportivo: Ítalo Luiz estreou para permanecer ao meu
lado até o fim do curso.
Terceiro
ano, e já pensava: “no ano que vem acaba”. A discussão, neste ano, não teve
relação com nenhuma disciplina, mas ensinou do mesmo jeito. Aprendizado para a
vida. Nada que não pudesse ser superado. 2011 também rendeu boas notas. Sem
problemas.
O ano
também marcou a entrada do professor Cláudio Messias no meu curso. Escolhi-o
como orientador para meu TCC. Ele aceitou, e o projeto começou a tomar forma.
Detalhes sobre o tema estão na sequência do texto.
2012, o
último ano. Do mundo? Talvez. Mas do curso, também. Sem muito estresse ou
problemas nas disciplinas, mas o TCC compensou. Foram vários meses pesquisando,
lendo, escrevendo, arrumando, escrevendo de novo, estressando, colocando nas
normas da ABNT, qualificando, vendo o prazo terminar, escrevendo que na década
de 1930 havia CDs, finalizando o texto e depositando o resultado final. Haja
gerúndio.
O título do
meu TCC foi “Rádio Fema FM: uma análise de comportamento de audiência no
programa Circuito Esportivo”. Depois de quatro anos apresentando o programa,
decidi que ele e os seus ouvintes estariam no meu TCC. E foi uma experiência
bacana demais.
Fiz
pesquisas dentro da Fema, fora dela e até no mundo online buscando saber se o
Circuito Esportivo tem ouvintes e qual a opinião deles sobre o conteúdo
jornalístico que minha equipe e eu produzimos. Muitas pessoas não conheciam o programa,
mas também encontrei ouvintes do Circuito Esportivo. E ouvintes críticos, o que
me deixou contente.
Contente
porque, assim, comprovei as teorias estudadas durante o trabalho,
principalmente do autor colombiano Jesús Martín-Barbero. Ele afirma que a
audiência, ou seja, as pessoas que consomem conteúdos midiáticos, deixou de ser
passiva e se tornou crítica. As pessoas não mais recebem um conteúdo
passivamente, agora elas avaliam-no e formam uma opinião sobre ele. A audiência
“ressignifica”, ou seja, devolve o conteúdo, como ensina Martín-Barbero.
E assim
ocorreu nas minhas pesquisas. As pessoas avaliaram o Circuito Esportivo com
notas e comentários espontâneos. Elogiaram e criticaram. Deram notas altas e
também baixas. Os ouvintes apontaram diversos pontos que consideram negativos e
que gostariam que fossem alterados ou adequados. Ótimo, pois a teoria do autor
colombiano foi comprovada na pesquisa. A audiência é crítica e quer que os
produtores de conteúdo midiático estejam atentos à sua opinião e à sua
realidade. É o tal “comportamento da audiência”. Temos que estar sempre
preocupados com ele. Essa foi a conclusão do meu trabalho.
Agradeço,
aqui, a paciência, a amizade e os ensinamentos do professor Cláudio Messias,
que me ajudou a alcançar meu objetivo e produzir o que, para mim, foi um bom
Trabalho de Conclusão de Curso. Outro agradecimento, de forma geral, a todas as
pessoas que me ajudaram e torceram por mim. Valeu mesmo.
TCC
defendido e aprovado. Ainda faltam as notas do segundo semestre, mas, se tudo
correr bem, estou a poucos dias de me formar em Jornalismo. Que saiam essas
notas, então.
Ah, não
poderiam faltar neste texto meus camaradas, os novos focas. Eles fizeram
um bom curso, se dedicaram durante quatro anos e capricharam no TCC. Renato Piovan falou muito bem sobre charges.
Patrícia Dias e Bruce Monteiro resgataram a bela história da estrada de ferro
Sorocabana. Ítalo Luiz pesquisou a música sertaneja e suas raízes. Kallil Dib
estudou sobre jornalismo literário. E Diego Faustino fez uma bela reflexão
sobre o entretenimento no Jornalismo. Trabalhos aprovados. Parabéns aos
colegas.
Terminou.
Estou feliz e realizado, graças a Deus. Agora o lance é continuar estudando e
fazer um bom trabalho no Jornalismo, sempre pensando na ética e na
responsabilidade, sem esquecer que Jornalismo é um serviço de interesse
público. A realidade da profissão é foda, eu sei, mas vou continuar sonhando e
acreditando que o Jornalismo é mais humano e menos comercial e econômico.
Como diria
um professor da minha turma, vamos em frente!
Dia da aprovação do meu TCC. A partir da esquerda, o professor Cláudio Messias, eu, a professora Silvana Paiva, minha mãe, Silvana, e meu pai, Nestário. (Fotos: Nestário Luiz/arquivo pessoal) |
Com meu amigo Diego Faustino, que defendeu seu TCC sobre entretenimento no Jornalismo. |
Kallil Dib falou sobre jornalismo literário. |
Eu e os focas Kallil e Diego. |
Apresentação do TCC de Ítalo Luiz: o sertanejo e suas raízes. |
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