Final do Paulista de Futsal termina em briga; Corinthians venceu Palmeiras por 7 a 4

Nestário Luiz 

6/12/2012

O primeiro jogo da final do Campeonato Paulista de Futsal sub-20 foi interrompido no segundo tempo por causa de uma confusão entre jogadores, torcedores e policiais. Nesta quarta-feira, dia 5, no Ginásio Arena Palestra, em São Paulo, o Corinthians vencia o Palmeiras por 7 a 4 quando a partida foi interrompida. O Palmeiras era o time mandante.

Segundo o portal UOL, a torcida palmeirense acusa o jogador Neguinho, do Corinthians, de incitar a violência fazendo gestos obscenos para justificar a invasão na quadra e a tentativa de agressão. O jogo foi interrompido após confusão entre torcedores e policiais.

Após entrar em choque com a Polícia Militar e ver a partida ser cancelada, alguns torcedores do Palmeiras ainda foram até a saída dos vestiários, na Rua Turiaçu, e esperaram por Neguinho. No entanto, a segurança agiu com eficiência, evitando que o contato com o corintiano.

Neguinho foi expulso por agredir Murilo, do Palmeiras. Ao sair da quadra, segundo torcedores palmeirenses ouvidos pelo UOL, o corintiano fez gestos obscenos. Foi quando grande parte da torcida invadiu a quadra.

Em sua página no Facebook, Neguinho negou ter feito a provocação e enviou um pedido de desculpas para a torcida do Palmeiras. "Um fato lamentável interrompeu o jogo desta noite entre Palmeiras e Corinthians, e fui acusado de coisas que não fiz. No lance da minha expulsão, de fato atingi o jogador do Palmeiras com a mão, mas isso decorreu do desequilíbrio após um empurrão que recebi de um torcedor que estava próximo à quadra. Fui expulso pelo lance, e me dirigi ao vestiário. Sempre competi com lealdade e respeitei meus adversários e torcedores. Já enviei uma mensagem ao Murilo (jogador atingido no lance), explicando e justificando o ocorrido, com detalhes. Defendo a camisa do Corinthians com muita dedicação e transpiração, mas jamais vou desrespeitar meus adversários”, postou Neguinho.

O diretor do departamento técnico da Federação Paulista de Futsal, João Francisco Augusto, em contato com o UOL, não confirmou a provocação do corintiano e repudiou a atitude da torcida do Palmeiras. “Sinceramente, se o rapaz fizesse alguma provocação, morreria, tal era a ira da torcida do Palmeiras no ginásio. Aliás, sou contra a torcida organizada em jogo de futsal. Para mim são todos bandidos”, esbravejou o dirigente, em entrevista ao UOL.

O Corinthians também emitiu um comunicado em defesa do atleta. "A invasão da torcida em quadra aconteceu logo após o desentendimento entre Neguinho e o jogador palmeirense, e o atleta corintiano em nenhum momento desrespeitou o Palmeiras ou os seus fãs", postou o clube no site oficial.

A Federação Paulista de Futsal espera que o caso seja levado ao Tribunal de Justiça para, então, tomar uma providência quanto ao complemento do jogo e ainda à realização da segunda partida da final, marcada para a próxima terça-feira, no Ginásio do Parque São Jorge.

Jogo encerrado

Nesta quinta-feira, dia 6, a Federação Paulista de Futsal anunciou que considerou a partida encerrada. O jogo foi paralisado aos 13 minutos do segundo tempo, quando começou a confusão. O Corinthians venceu o Palmeiras por 7 a 4.

De acordo com o UOL, o Palmeiras optou por não jogar a segunda partida da final caso ela seja mantida para a casa do Corinthians, o Parque São Jorge. 

Os palmeirenses tomaram essa decisão na intenção de garantir a segurança de seus atletas. Segundo a assessoria de imprensa, a diretoria entende que vidas serão colocadas em risco caso o jogo seja disputado no Parque São Jorge, como prevê a tabela original. Ainda de acordo com os diretores, será impossível entrar e sair com segurança do local. A decisão é irrevogável. 

A Federação Paulista alertou ao Palmeiras que a continuidade do campeonato só será definida após um encontro entre Corinthians e Batalhão de Choque, marcado para esta sexta-feira, dia 7. Apesar disso, nem que os policiais garantam a segurança, os palmeirenses pretendem jogar na quadra do Corinthians.

(Com informações dos repórteres João Henrique Marques e Danilo Lavieri, do UOL)