Nestário
Luiz
15/5/2015
O futebol
é assim, é do jogo, mas para mim foi, sim, um vexame. Com a segunda derrota
para o Guaraní/PAR, agora na Arena de Itaquera, o Corinthians foi eliminado nas
oitavas de final da Libertadores. Quarta-feira, o time paraguaio fez 1 a 0 e,
como havia ganhado a primeira partida por 2 a 0, avançou para enfrentar o
Racing/ARG nas quartas. O Corinthians está fora. O encanto acabou, pelo menos
na Libertadores.
Depois de
jogar muito mal em Assunção, desta vez o Corinthians tentou. Sim, lutou. Buscou
o ataque, buscou os gols, foi guerreiro. O Guaraní, por sua vez, cumpriu muito
bem o que tinha se proposto: marcar e parar o Timão. E ainda fez um gol no
finzinho para se classificar com duas vitórias e nenhum gol sofrido.
Depois de
um início de ano e de Libertadores excelente, o rendimento do Corinthians foi
caindo. Desde a partida contra o Danubio/URU, quando goleou por 4 a 0, em 1º de
abril, as atuações do Timão sempre ficaram abaixo do esperado, mesmo nas
vitórias. Nesse período, foi eliminado pelo Palmeiras na semifinal do Paulistão
e perdeu para o São Paulo e para o Guaraní, duas vezes, pela Libertadores.
Acho muito
difícil apontar os motivos para tamanha mudança no rendimento da equipe de
Tite. Está complicado até mesmo para os repórteres e comentaristas que
acompanham o clube de perto. Sinceramente, não acredito, no caso dos jogos
diante do Guaraní, em corpo mole por causa de atraso em salários nem em soberba
por conta do adversário (mesmo com a declaração infeliz do diretor de futebol Sérgio Janikian).
No jogo
desta quarta, o Corinthians tentou, sim. Buscou o ataque, tentou sair da ótima
marcação do Guaraní, empurrado por cerca de 40 mil torcedores na Arena. O time
visitante, porém, bem fechado, se segurou e evitou maiores ataques do Timão.
Com o
tempo passando e os gols não saindo, a pressão aumentou e o descontrole também.
Dois jogadores do Corinthians foram expulsos em lances tontos. Sem Jadson e
Fábio Santos, ficou ainda mais difícil. E não deu mesmo. Vitória e
classificação do Guaraní.
No primeiro
tempo, Fábio Santos cruzou e Jadson completou, mas o goleiro defendeu. Jadson tentou
de novo, da entrada da área: mais uma defesa de Aguilar. Felipe cabeceou à
esquerda. A principal chance foi de Guerrero. Após troca de passes, o atacante
chutou da entrada da área e o goleiro fez ótima defesa.
Aos sete
minutos do segundo tempo, Fábio Santos deixou o pé no adversário e recebeu
cartão vermelho. Aos 23, Jadson tomou um chapéu e deixou a mão no rosto do
adversário. Segundo amarelo para ele. Foi a oitava expulsão do Corinthians neste ano, a sexta na Libertadores. Um exagero. Algo que deve ser analisado e corrigido
para o Brasileirão e a Copa do Brasil.
Aos 46
minutos, Fernando Fernández recebeu na área com liberdade e completou na saída
de Cássio, como que para formalizar a classificação. Não deu para o Corinthians,
deu e deu muito para o Guaraní. O time paraguaio segue na Libertadores. Para o
Timão, um vexame. Frustração. Chateação. Zoação dos rivais. E a esperança de
que o ano não tenha terminado nesta quarta-feira.
Público
A Arena
Corinthians recebeu 39.806 torcedores pagantes e 40.239 presentes. A renda foi
de R$ 3,3 milhões.
Perdeu em
casa
Diante do Guaraní, o Corinthians perdeu uma invencibilidade de 32 jogos na Arena. Foram 23
vitórias e nove empates desde a derrota para o Figueirense no ano passado, na
inauguração do estádio. O Timão possuía a maior invencibilidade como mandante
no futebol mundial.
Corinthians
na Libertadores 2015
4/2 – Corinthians 4 x 0 Once Caldas/COL
11/2 – Once Caldas/COL 1 x 1 Corinthians
18/2 – Corinthians 2 x 0 São Paulo
4/3 – San Lorenzo/ARG 0 x 1 Corinthians
17/3 – Danubio/URU 1 x 2 Corinthians
1/4 – Corinthians 4 x 0 Danubio/URU
16/4 – Corinthians 0 x 0 San Lorenzo/ARG
22/4 – São Paulo 2 x 0 Corinthians
6/5 – Guaraní/PAR 2 x 0 Corinthians
13/5 – Corinthians 0 x 1 Guaraní/PAR
Brasileirão
Neste
sábado, às 21h, o Corinthians enfrenta a Chapecoense em Araraquara (SP) pela
segunda rodada do Brasileirão.
Corinthians
0 x 1 Guaraní
Escalação:
Cássio, Fagner, Felipe (Danilo), Gil, Fábio Santos; Ralf, Elias (Bruno
Henrique), Jadson, Renato Augusto, Malcom (Mendoza); e Guerrero. Técnico: Tite.
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